Resumo
Considerações sobre os três primeiros tópicos acerca da História do Brasil Colonial do historiador Boris Fausto. Esta é uma obra essencial para novos historiadores, para graduandos que traz em poucas palavras uma visão geral sobre os principais acontecimentos ocorridos em nosso país. Pela abrangência do livro, ele acaba se tornando uma ferramenta mais de informação do que problematização da História em si. Vale ressaltar que este livro possui as principais discussões de História do Brasil.
FAUSTO, Boris. O
Brasil Colonial. In:___________. História
do Brasil. Edusp, 1996, SP.
Os índios
E preciso pontuar a dificuldade
em analisar as sociedades indígenas principalmente pela ausência de fontes
produzidas pelos mesmos e também pelo preconceito presente nos relatos de
cronistas, viajantes, padres, jesuítas entre outros que escreveram sobre essas
populações nativas.
O primeiro contato dos europeus
com as populações nativas, genericamente conhecidas como ameríndios se deu na
faixa litorânea do que viria a ser conhecido como Brasil. Basicamente a
população ameríndia era composta grupos com afinidades culturais e
linguísticas. Os tupis-guaranis (tupis, tupinambás, guaranis) habitavam a longa
faixa litorânea do Brasil.
Também em menor número os tapuias
– designação para índios que falavam outra língua – localizados em alguns
pontos específicos do Brasil, como na foz do rio Paraíba (os goitacases), ao
sul da Bahia (aimorés), entre o Ceará e Maranhão (tremembés).
Além da caça e pesca os índios
plantavam milho, mandioca, abobora entre outros gêneros para se manter. A
farinha de mandioca se tornou o alimento básico na dieta dos portugueses que
vieram para cá.
Tentativas iniciais de exploração
A chegada dos portugueses ao
Brasil nos anos iniciais foi marcada pela extração do pau-brasil.
Em nível cultural, para os
portugueses o Brasil não passava de um lugar exótico com pessoas nuas vivendo
na natureza e com uma infinidade de aves e animais.
Para os espanhóis o Brasil seria
o lugar por onde se encontraria uma rota alternativa para as Índias, porém com
o passar dos anos essas expectativas foram frustradas, e quando se encontrou o
caminho perfeito, era caro e desvantajoso.
Nos anos de 1555-60 e em 1612-15
os franceses tentaram colonizar o Rio de Janeiro e Maranhão, respectivamente.
Início da Colonização – As capitanias hereditárias
Vendo a necessidade de colonizar
o Novo Mundo, Dom João III instituiu no Brasil o sistema de capitanias
hereditárias. 15 quinhões de terras distribuídas entre capitães donatários. A
Coroa realizava a doação para ter posse da
terra, não a propriedade dela. Assim,
o donatário era o representante legal da Coroa sendo responsável por questões
administrativas que aconteciam na sua parte. Entre as atribuições dos
donatários estavam o monopólio da justiça, autorização para fundar vilas,
alistamento militar e a doação de sesmarias.
Uma sesmaria era uma extensão de
terra virgem cuja propriedade era doada a um sesmeiro, com a obrigação de
cultivá-la no prazo de cinco anos e pagar o tributo devido a Coroa. A partir
das doações de sesmarias começou a também a formação de extensos latifúndios.
As capitanias hereditárias foram
uma forma da Coroa tentar colonizar e integrar o Brasil a economia mercantil
europeia. Somente as capitanias de São Vicente e Pernambuco prosperaram,
enquanto as outras fracassaram. Com o tempo as capitanias passaram do domínio
privado para o domínio público, sendo que, entre 1752 e 1754 o Marquês de
Pombal concluiu essa transição.
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