O que a Bíblia menciona de verdade?
Segundo uma revista de assuntos bíblicos popularmente conhecida menciona o seguinte comentário:
O relato de Gênesis começa com uma simples e poderosa declaração: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Os eruditos bíblicos concordam que esse versículo descreve uma ação que não estava incluída nos dias criativos, que são relatados a partir do versículo 3. As implicações disso são profundas. De acordo com as palavras iniciais da Bíblia, o Universo, incluindo nosso planeta Terra, já existia por um tempo indeterminado antes do início dos dias criativos.A mesma revista faz as seguintes questões: "Que dizer da duração dos dias criativos? Será que tinham literalmente 24 horas? A fraseologia de Gênesis apóia essa conclusão?" O texto menciona dois exemplos que parece chegar a conclusão de que necessariamente a palavra "dia" na Bíblia pode ter significados diferentes.
Os geólogos estimam que a Terra exista há aproximadamente 4 bilhões de anos, e os astrônomos calculam que o Universo possa ter até 15 bilhões de anos. Será que essas descobertas — ou possíveis ajustes futuros a elas — contradizem Gênesis 1:1? Não. A Bíblia não especifica a idade exata ‘dos céus e da Terra’. A ciência não contradiz o texto bíblico.(Despertai setembro de 2006 p. 19 Será que a ciência contradiz o relato de Gênesis?)
O fato é que a palavra hebraica traduzida por “dia” pode significar vários períodos, não apenas um de 24 horas. Por exemplo, quando resumiu a obra criativa de Deus, Moisés referiu-se a todos os seis dias criativos como apenas um dia. (Gênesis 2:4) Além disso, no primeiro dia criativo, “Deus começou a chamar a luz de Dia, mas a escuridão chamou de Noite”. (Gênesis 1:5) Aqui, apenas uma parte do período de 24 horas é definida pelo termo “dia”. Certamente não há base nas Escrituras para declarar arbitrariamente que cada dia criativo era de 24 horas. (Idem, p. 19)
Para quem pensava que a Bíblia é antiquada e que o relato de Gênesis sobre a criação é fantasioso se surpreende ao ler esse artigo. A ideia é que a duração dos dias criativos foram extensos, ao contrário do que se imaginava.
Moisés escreveu seu relato em hebraico e fez isso na perspectiva de alguém posicionado na superfície da Terra. Esses dois fatores mais o conhecimento de que o Universo já existia antes do começo dos períodos, ou “dias”, criativos ajudam a resolver grande parte da controvérsia sobre o relato da criação. (...) Gênesis revela que os eventos iniciados no decorrer de um “dia” continuaram no dia ou dias seguintes. Por exemplo, antes de começar o primeiro “dia” criativo, a luz do já existente Sol estava, de alguma forma, impedida de alcançar a superfície da Terra, possivelmente por nuvens densas. (Jó 38:9) Durante o primeiro “dia”, essa barreira começou a dissipar-se, permitindo que a luz difusa penetrasse na atmosfera.*
No segundo “dia”, pelo visto a atmosfera continuou a clarear, criando um espaço entre as nuvens espessas no céu e o oceano abaixo. No quarto “dia”, a atmosfera já havia gradualmente clareado o suficiente para que o Sol e a Lua ficassem visíveis “na expansão dos céus”. (Gênesis 1:14-16) (...) do ponto de vista de uma pessoa na Terra, o Sol e a Lua começaram a ficar visíveis. Esses eventos ocorreram de forma gradual.Assim, o relato bíblico indica que há possibilidade de que acontecimentos maiores aconteceram em períodos relativamente longos durante cada “dia” criativo. Sendo assim, não seriam 24 horas por dia.
O relato de Gênesis também diz que, ao passo que a atmosfera continuava a clarear, criaturas voadoras — incluindo insetos e criaturas com asas formadas por membranas — começaram a aparecer no quinto “dia”. No entanto, a Bíblia indica que durante o sexto “dia”, Deus ainda estava “formando do solo todo animal selvático do campo e toda criatura voadora dos céus”. — Gênesis 2:19.*Na descrição dos acontecimentos do primeiro “dia”, a palavra hebraica usada para luz é ʼohr, luz no sentido geral; mas com respeito ao quarto “dia”, a palavra usada é ma ʼohr′, que se refere à fonte de luz. (idem, p.20)
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